Artesanato: a cultura das vestimentas

O artesanato pode ser considerado uma das melhores ferramentas que o homem desenvolveu, seja apenas para passatempo, como ainda uma fonte de renda.

Em algumas culturas mais primitivas, ele tem se mostrado uma genuína realização grupal ou tribal, em que várias pessoas, de diferentes idades, participam da tecelagem do mesmo material que será aproveitado por todo o grupo, por exemplo.

Até mesmo os desenhos desenvolvidos nos panos (tecidos) são como um código para identificar a procedência do mesmo, como é o caso dos “kilts” – um tipo de traje masculino, com pregas e trespasses, utilizados pelos escoceses em seus clãs, com padronagens distintas.

Cada clã confeccionava artesanalmente seus kilts com o desenho próprio – “tartan”. Assim, nas guerras por posses de terras, ficava mais fácil saber quem era seu aliado ou seu inimigo.

Há, entretanto, muitas outras culturas que continuam usando seus trajes específicos, todos (ou quase todos) manufaturados, como em algumas culturas africanas.

Um dos trajes mais conhecidos da Nigéria, usado em ocasiões especiais, é chamado “Aso Ilu Oke,” também conhecido por “Aso-Oke” ou “Aso-Ofi”. Seu material é tecido em um tear e, em seguida, os painéis separados devem ser costurados lado a lado, formando um padrão. O Aso Ilu Oke feminino é composto por um vestido de manga comprida e cintura fina, um acessório específico de cabeça e um xale.

Outra vestimenta africana masculina (atualmente usada também por mulheres) muito popular é o “danshiki” ou “dashiki”. Trata-se de uma camisa longa com ou sem mangas que normalmente vai até o começo das coxas, pode ser bordada ou decorada com uma variedade de desenhos, principalmente em torno do pescoço. Os homens normalmente o usam com um “kufi” sem aba ou com um chapéu.

Ainda há o “caftan” ou “kaftan”, por exemplo: um traje longo com ou sem mangas, usado mais por mulheres atualmente. Antigamente, os homens africanos também o usavam no dia a dia. Os historiadores descrevem que os antigos egípcios, como Cleópatra, também usavam caftans, mas confeccionados de seda pura e totalmente bem trabalhados. O termo “caftan” tornou-se uma palavra genérica e é usado em toda a África e em outras partes do mundo.

As mulheres que usam o vestido tradicional do povo Xhosa, da África do Sul, também se aparatam de um xale ou uma manta sobre o ombro e uma saia longa, geralmente enfeitada com tranças. Nas cabeças utilizam um turbante amarrado, porém, de forma mais solta. Para os momentos ou festas mais especiais, o vestido pode ser decorado com um bordado de contas ou pedrarias.

Na nossa próxima mensagem, vamos falar um pouco mais de outras culturas e seus trajes, lembrando daquelas que mais têm utilizado a forma artesanal de confecção.


Autora: Marcela de Baumont

Ficha técnica de Marcela de Baumont:

Formada em 1976, pela UFRGS, na Faculdade de Comunicação Social, é bacharel em Jornalismo, Relações Públicas, Propaganda e Publicidade. Exerce a atividade de revisora desde a faculdade, na Editora e Gráfica da UFRGS, e também para escritores de livros e revistas em áreas diversas. Como revisora em Propaganda, tem trabalhado para importantes clientes:  Giovanni+DraftFCB, Wunderman, Grey, Publicis, Africa, MPM. Seu passatempo favorito é ler um bom livro e escrever suas poesias.


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